30 de abril de 2015 - quinta-feira
Não é nenhuma novidade que a função principal do Sol no centro do nosso sistema solar é fornecer luz. A luz é que faz a vida se mover. É difícil imaginar nosso planeta e nossa vida sem ela.
A percepção da luz pelas coisas vivas é quase universal. As plantas usam a luz através da fotossíntese para crescer. Os animais usam a luz para caçar suas presas ou sentir e escapar dos predadores. Alguns dizem que foi o desenvolvimento da visão estereoscópica, juntamente ao desenvolvimento do grande cérebro humano e à liberação das mãos do processo de locomoção, que permitiram aos humanos evoluir tanto. Neste artigo apresentamos as fantásticas atividades do interior do olho humano!
Anatomia básica
Embora pequeno no tamanho, o olho é um órgão muito complexo. O olho tem aproximadamente 2,54 cm de largura, 2,54 cm de profundidade e 2,3 cm de altura.
A camada dura e mais exterior do olho é chamada de esclera. Ela mantém o formato do olho. A sexta parte frontal dessa camada é transparente e é chamada de córnea. Toda a luz deve passar primeiro pela da córnea ao entrar no olho. Ligados à esclera estão os músculos que movem o olho, chamados músculos extra-oculares.
O coróide (ou trato uveal) é a segunda camada do olho. Ele contém os vasos sangüíneos que fornecem sangue às estruturas.
A parte frontal do coróide contém duas estruturas:
Corpo ciliar: é uma região muscular conectada ao cristalino. Ele se contrai e relaxa para
controlar o tamanho do cristalino quando o foco precisar ser ajustado.
Íris: é a parte colorida do olho. A cor da íris é determinada pela cor do tecido conjuntivo e das células de pigmento. Menos pigmentação deixa os olhos azuis, mais pigmentação deixa os olhos marrons. A íris é um diafragma ajustável ao redor de uma abertura chamada pupila.
A íris possui dois músculos: o músculo dilatador torna a íris menor e, conseqüentemente, a pupila fica maior para permitir que mais luz entre no olho. Já o músculo esfíncter deixa a íris maior e a pupila menor, permitindo que menos luz entre no olho. O tamanho da pupila pode mudar de 2 milímetros para 8 milímetros. Isso significa que ao alterar o tamanho da pupila, o olho pode mudar a quantidade de luz que entra nele em até 30 vezes.
A camada mais interna é a retina: a porção do olho que percebe a luz. Ela contém células bastonetes, que são responsáveis pela visão em condições de pouca luz, e as células cone, responsáveis pela visão de cores e detalhes.
Na parte posterior do olho, no centro da retina, está a mácula. No centro da mácula há uma área chamada fóvea central. Esta área contém apenas cones e é responsável por enxergarmos claramente detalhes específicos.
A retina contém um composto químico chamado rodopsina. Ela é a responsável por converter a luz nos impulsos elétricos que o cérebro interpreta como visão. As fibras nervosas da retina juntam-se na parte posterior do olho e formam o nervo ótico, que conduz os impulsos elétricos ao cérebro. O local em que o nervo ótico e os vasos sangüíneos saem da retina é chamado de disco ótico. Esta área é um ponto cego da retina porque não contém bastonetes ou cones. No entanto, você não percebe este ponto cego porque cada olho cobre o ponto cego do outro.
Quando um médico olha a parte posterior do seu olho através do oftalmoscópio, é isso o que ele vê:
Dentro do globo ocular, há duas seções preenchidas por fluidos separadas pelo cristalino. A seção posterior e maior contém um material transparente e semelhante a um gel chamado humor vítreo. A seção frontal e menor contém um material transparente e aquoso chamado humor aquoso. O humor aquoso divide-se em duas seções chamadas câmara anterior (na frente da íris) e câmara posterior (atrás da íris). O humor aquoso é produzido no corpo ciliar e escoa pelo canal de Schlemm. Quando esse escoamento é bloqueado, pode ocorrer uma doença chamada glaucoma.
O cristalino é uma estrutura transparente e biconvexa de cerca de 10 mm de diâmetro. O cristalino muda de forma porque está ligado a músculos do corpo ciliar. O cristalino é usado para fazer o ajuste fino da visão.
Cobrindo a superfície interna das pálpebras e da esclera está uma mucosa chamada de conjuntiva, que ajuda a manter a umidade do olho. Uma infecção desta área é chamada de conjuntivite.
O olho é único no sentido de que é capaz de se movimentar em várias direções para maximizar o campo de visão e, além disso, é protegido de ferimentos por uma cavidade óssea chamada de cavidade orbital. O olho fica incrustado em gordura, que lhe fornece amortecimento. As pálpebras protegem o olho por meio do ato de piscar. E isso também mantém a superfície do olho úmida ao espalhar as lágrimas sobre os olhos. Os cílios e sobrancelhas protegem o olho de partículas que podem feri-lo.
As lágrimas, por sua vez, são produzidas nas glândulas lacrimais, que são localizadas acima do segmento exterior de cada olho. As lágrimas eventualmente acabam sendo sugadas para o canto do olho, dentro do saco lacrimal, passando pelo duto nasal e entrando no nariz. É por isso que o seu nariz escorre quando você chora.
Há seis músculos ligados à esclera para controlar os movimentos do olho. Aqui estão eles:
Músculo | Função Principal |
Reto medial | move o olho em direção ao nariz |
Reto lateral | move o olho na direção contrária ao nariz |
Reto superior | eleva o olho |
Reto inferior | abaixa o olho |
Oblíqüo superior | faz a rotação do olho |
Oblíqüo inferior | faz a rotação do olho |
Percebendo a luz
Quando a luz entra no olho, passa primeiro pela córnea, depois pelo humor aquoso, cristalino e humor vítreo. E por último, ela alcança a retina, que é a estrutura do olho que percebe a luz. A retina contém dois tipos de células, chamadas bastonetes e cones. Os bastonetes cuidam da visão em condições com pouca luz, e os cones são os responsáveis pela visão de cores e detalhes. Quando a luz entra em contato com estes dois tipos de células, ocorre uma série de reações químicas complexas. O composto químico formado (rodopsina ativada) cria impulsos elétricos no nervo ótico. Geralmente, o segmento exterior dos bastonetes são longos e finos, enquanto os segmentos externos dos cones são mais parecidos com cones. Veja um exemplo de um bastonete e de um cone:
O segmento externo de um bastonete ou cone contém os compostos químicos sensíveis à luz. Nos bastonetes, este químico é chamado de rodopsina. Nos cones, são chamados pigmentos de cor. A retina contém 100 milhões de bastonetes e 7 milhões de cones. A retina é revestida de um pigmento negro chamado melanina, assim como o interior de uma máquina fotográfica é preta, para diminuir a quantidade de reflexo. A retina possui uma área central, mácula, que contém alta concentração de somente cones. Esta área é a responsável pela visão detalhada e precisa.
Quando a luz entra no olho, ela toca o composto químico sensível a ela chamado rodopsina. A rodopsina é uma mistura de uma proteína chamada escotopsina e 11-cis-retinal, a última é derivada da vitamina A (que é o motivo pelo qual a falta de vitamina A causa problemas de visão).
A rodopsina se decompõe quando é exposta à luz porque a luz causa uma alteração física na porção 11-cis-retinal da rodopsina, alterando-a para trans retinal. A primeira reação leva apenas alguns trilionésimos de segundo. A 11-cis-retinal é uma molécula cheia de ângulos, enquanto a trans retinal é uma molécula reta. Isso faz com que o composto seja instável. A rodopsina se quebra em diversos compostos intermediários, mas eventualmente (em menos de um segundo) forma metarodopsina II (rodopsina ativada). Este composto químico produz impulsos elétricos que são transmitidos ao cérebro e interpretados como luz. Acompanhe uma explicação da reação química que acabamos de mencionar:
A rodopsina ativada cria os impulsos elétricos da seguinte maneira:
A membrana celular (camada exterior) de um bastonete possui uma carga elétrica. Quando a luz ativa a rodopsina, causa uma redução no GMP cíclico, que aumenta esta carga elétrica. Isso produz uma corrente elétrica ao longo da célula. Quanto mais luz for detectada, mais rodopsina será ativada e mais corrente elétrica será produzida.
Esse impulso elétrico posteriormente atinge um gânglio nervoso e, depois, o nervo ótico.
Os nervos atingem o quiasma ótico, onde as fibras nervosas da metade interior de cada retina cruzam para o outro lado do cérebro, mas as fibras nervosas da metade externa da retina ficam no mesmo lado do cérebro.
Estas fibras acabam atingindo a parte posterior do cérebro (lobo occipital). É aqui que a visão é interpretada e chamada de córtex visual primário. Algumas das fibras visuais ligam-se com outras partes do cérebro para auxiliar no controle dos movimentos oculares, na resposta das pupilas e íris.
Finalmente, a rodopsina precisa ser recomposta para que o processo possa voltar a ocorrer. A trans retinal é convertida em 11-cis-retinal, que então é recombinada com a escotopsina para formar rodopsina, que está pronta para iniciar o processo quando for exposta à luz novamente.
Uso do computador e a Fadiga Ocular
Olhar fixamente para a tela do computador, smartphone, video game ou outros aparelhos digitais por longos períodos não causará danos permanentes aos seus olhos, mas seus olhos podem ficar secos e cansados. Algumas pessoas também sentem dor de cabeça e enjôo quando assistem filmes em 3D, o que pode indicar que o espectador tenha um problema de focalização, ou de visão de profundidade.
O que causa o cansaço quando se usa o computador?
Normalmente, o ser humano pisca aproximadamente 18 vezes por minuto. Entretando, estudos mostram que piscamos metade disto enquando usamos computador ou outros aparelhos digitais, não importando se para trabalhar ou para diversão. Leitura ou escrita prolongada, intensivo trabalhos onde a visão de perto é exigida podem também causar cansaço visual.
Dicas para minimizar a fadiga ocular pelo uso do computador
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